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Os Sacramentos foram instituídos por Cristo e confiados à Igreja para que sejam levados a todos os povos.São sinais e meios pelos quais se exprime e se fortifica a fé, se presta culto a Deus e se realiza a santificação dos homens. São evidência do amor e a proximidade de Deus.

São 7 os Sacramentos: batismo, eucaristia, confissão, crisma, matrimônio, ordem e unção dos enfermos.

Batismo –  É através deste nascimento que o homem ingressa na Igreja. Como nos desenvolvemos da água de dentro das membranas do feto e cuja  gestação proporcionará os meios para nosso nascimento carnal, deve ser imperiosa a preocupação dos pais em relação aos filhos, ou dos cristãos em relação aos pagãos, no que se refere ao  nascimento espiritual  através da água.   Sobre isto, muitas vezes, também nós gostaríamos de fazer a pergunta de Nicodemos: “Como pode um homem nascer, sendo já velho? porventura pode tornar a entrar  no seio de sua mãe e nascer de novo?” – respondeu Jesus: “Em verdade, em verdade, Eu te digo: Quem não nascer da água e do Espírito, não poderá entrar o Reino de Deus” (Jo 3, 4-5). O nascimento carnal, unido ao nascimento espiritual são fatores preponderantes para alcançarmos a salvação eterna. Quando  nascemos,  já iniciou para nós a eternidade,  e essa predestinação só se concretiza nas águas do Batismo. Eis a nossa responsabilidade frente às essas duas grandezas. Todas as prefigurações no Antigo Testamento, encontram sua realização em Jesus, iniciando-se em sua vida pública após ter-se feito batizar por São João Batista. Depois de sua Ressurreição, confere esta missão aos Apóstolos: “Ide por todo o mundo, fazei que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt 28m 19-20).  O Batismo é um banho de água que purifica, santifica e justifica, no qual a Palavra de Deus produz seu efeito vivificante.

Confirmação ou Crisma –  Batizados nos primeiros  meses de vida, os cristãos, são representados pelos padrinhos. São eles nossos primeiros condutores, apresentam-nos no Templo do Senhor, falam por nós.  É necessário, então,  que, quando alcançarmos a consciência necessária,  confirmemos  espontaneamente   tudo aquilo  que foi prometido  pela boca  dos nossos  padrinhos –  abraçar os preceitos da  Santa Madre Igreja,   submeter-nos  inteiramente a  Deus. Abraçar a fé envolve amor, e amor implica em renúncia,  renúncia absoluta ao poder do Mal e todas as suas subsequentes obras.  Todo o batizado ainda não confirmado, pode e deve receber o Sacramento da Confirmação. Pelo fato do Batismo, Confirmação e Eucaristia formarem uma unidade , os fiéis têm a obrigação de receber tempestivamente este Sacramento, pois que, apesar do Batismo já ser por si só válido e eficaz,  a iniciação cristã permanece inacabada sem o Sacramento da Confirmação.  O ministro da Confirmação é o Bispo. Embora o Bispo possa, quando houver necessidade, conceder aos presbíteros a sua administração, é conveniente que ele mesmo o confira, não esquecendo-se que por este motivo é  que essa celebração foi separada temporalmente do Batismo.  Salientando-se  que, sendo os Bispos, sucessores dos Apóstolos, receberam a plenitude do Sacramento da Ordem.  Se um cristão estiver em perigo de morte, todo presbítero pode dar-lhe a Confirmação.

Eucaristia –   Na Igreja Católica, a Eucaristia é um dos sete sacramentos. Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, a Eucaristia é ” o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso, confiando assim à sua Igreja o memorial da sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna.” (n. 271). A palavra Hóstia, em latim, quer dizer vítima, que entre os hebreus, era o cordeiro, sem culpa, imolado em sacrifício a Deus. Segundo o papa João Paulo II, em sua encíclica Ecclesia de Eucharistia, a Eucaristia é verdadeiramente um pedaço de céu que se abre sobre a terra; é um raio de glória da Jerusalém celeste, que atravessa as nuvens da nossa história e vem iluminar o nosso caminho. Ainda nessa encíclica, é chamada atenção para o fato significativo de que no lugar onde os Evangelhos Sinópticos narram a instituição da Eucaristia, o evangelho de João propõe a narração do lava-pés, gesto que mostra Jesus mestre de comunhão e de serviço; em seguida o Papa atenta para o fato de que mais tarde o apóstolo Paulo qualifica como indigna duma comunidade cristã a participação na Eucarístia que se verifique num contexto de discórdia e de indiferença pelos pobres.

Penitência ou Confissão –  “Aqueles que se aproximam do sacramento da Penitência obtêm da misericórdia divina o perdão da ofensa feita a Deus e, ao mesmo tempo, são reconciliados com a Igreja que feriram pecando, e a qual colabora para sua conversão, com caridade, exemplo e orações.   Pela absolvição do sacerdote, Deus concede aos fiéis o perdão e a paz. São João diz:  “Se dissermos:  ‘Não temos pecado’, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós” (1Jo 1, 8).  A conversão a Cristo, o Batismo, o dom do Espírito Santo, o Corpo e o Sangue de Cristo recebidos, nos tornaram “santos e irrepreensíveis diante dele” (Ef 1,4), assim como a própria Igreja, esposa de Cristo é “santa e irrepreensível” (Ef 5,27). Entretanto, a nova vida recebida na iniciação cristã, não suprimiu a fragilidade e a fraqueza da natureza humana, nem a inclinação ao pecado, a que chamamos “concupiscência”, que continua nos batizados para prová-los no combate da vida cristã, auxiliados pela graça de Cristo. Esse combate, objetiva a conversão para chegar à santidade e a vida eterna, pelo qual somos incessantemente chamados pelo Senhor.   Jesus,  conhecendo as nossas fraquezas, foi extremamente bondoso ao instituir o sacramento da confissão, conferindo  aos Apóstolos e Sacerdotes da Igreja, o poder de perdoar os pecados.

Unção dos enfermos –  É um sacramento destinado a quem  está muito doente. Nestes casos não devemos  limitar o enfermo somente aos cuidados  do corpo.  Se a doença é grave e deixa prever o desenlace final, devemos falar-lhe  da conveniência  ou necessidade de chamar o sacerdote, para com calma pôr em ordem os negócios da alma  e receber o santos Sacramentos que tanto alívio dão aos pobres doentes.  É um dos preconceitos mais perniciosos e diabólicos que aponta a visita do sacerdote nesse momento como agouro de morte. O católico verdadeiro, também no leito de morte,  não se assusta com a visita do sacerdote. Pelo contrário, lhe é uma das visitas mais agradáveis. Se é possível de supor que o doente, aliás sendo católico, se assuste com a presença do sacerdote, é o caso de ponderar o que é melhor:   Receber os Sacramentos, ou deixá-lo no pecado, concorrendo  assim para uma possível condenação?  É preferível que o enfermo, embora se assuste um pouco,  morra na graça de Deus e encontre a salvação. A Igreja Apostólica conhece este rito, atestado por São Tiago: “Alguém dentre vós está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja, para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé salvará o doente e o Senhor o aliviará;  e se tiver cometido pecados, estes lhe serão perdoados” (Tg 5, 14-15).  O Sacramento da Unção dos Enfermos é conferido às pessoas acometidas de doenças perigosas, ungindo-as na fronte e nas mãos com óleo consagrado.  Não é, porém, um sacramento só daqueles que se encontram às portas da morte,  mas também às pessoas que, no tempo oportuno começam a correr perigo de morte por doença, debilitação física ou velhice, ou também, antes de uma cirurgia de alto risco.

Ordem –  Ao escolher São Pedro como o comandante desta embarcação divina, que é a Igreja,  o caráter hierárquico foi transmitido apostolicamente, por desiderato do Senhor,  até os tempos atuais.  Só um varão batizado pode receber validamente a ordenação sagrada. O Senhor Jesus escolheu homens para formar o Colégio dos Doze Apóstolos, e os apóstolos fizeram o mesmo quando escolheram os colaboradores que seriam seus sucessores na missão. O colégio dos Bispos, ao qual os presbíteros estão unidos no sacerdócio torna presente e atualiza o colégio dos doze, até o retorno de Cristo.  Essa escolha foi feita pelo próprio Jesus e, por isso, a ordenação de mulheres não é possível.

Celibato – Todos os ministros  ordenados na Igreja latina, com excessão dos diáconos permanentes, são escolhidos entre os homens fiéis que não só vivem, mas querem guardar o celibato “por causa do Reino dos Céus” (Mt 19, 12).  Entregam-se eles inteiramente a Deus e aos homens, consagram-se com indiviso coração ao Senhor e “cuidam das coisas do Senhor”.

Os graus do sacramento da Ordem – O ministério eclesiástico, divinamente instituído, é exercido em diversas ordens que, desde a antiguidade são chamados bispos, presbíteros e diáconos.  A doutrina católica, expressa na liturgia e na prática constante da Igreja, reconhece que existem dois graus de participação no sacerdório de Cristo: O episcopado (os Bispos) e o presbiterado (os Padres).  O diaconado se destina a ajudá-los e a servi-los. Por isso, o termo “Sacerdos”, designa, na prática atual, os bispos e os sacerdotes, mas não os diáconos.  Não obstante,  ensina a doutrina católica que os graus de participação sacerdotal (episcopado e presbiterado) e o de serviço (diaconado) são conferidos por um ato sacramental chamado “ordenação”, isto é, pelo sacramento da Ordem.

“Que todos reverenciem os diáconos como Jesus Cristo, como também o Bispo, que é a imagem do Pai, e os presbíteros, como o senado de Deus e como assembléia dos apóstolos. Sem eles não se pode falar de Igreja.”

Matrimônio –   Existe, por princípio,  uma estreita correlação entre os sacramentos do Matrimônio e da Ordem.  Se temos hoje bons e santos sacerdotes, com certeza tais vocações são frutos de instrução religiosa cultivados desde a infância em meio a matrimônios santos, num ambiente de fé e constância, não obstante todas as tribulações e aversidades. Por conseguinte, se temos  bons casais que vivem fielmente sua união, certamente seu estado é conseqüência das orações dos nossos religiosos e sacerdotes e da instrução religiosa que recebida da Santa Madre Igreja. Isto também pode representar uma eloqüente expressão do que chamamos “Comunhão dos Santos”. Nos tempos atuais,  embora a tendência seja coletiva em tratar tão insigne Sacramento, primeiramente, como uma convenção social,  nós, como cristãos católicos,  não podemos jamais nos afastar das nossas convicções. Sabemos que trata-se de um compromisso séríssimo, e porque não dizer, gravíssimo. Na simplicidade ou na pompa, o casal firma um compromisso eterno, uma promessa feita diante de Deus. Pela sua própria boca,  reafirma-se a indissolubilidade já prescrita por Jesus e, diante d’Ele e para Ele, prometem entre si, acompanhar um ao outro até o dia da morte, “na alegria, na tristeza,  na saúde, na doença, na dor, etc”.  O casamento consumado não finaliza num mero cumprimento cerimonial. Pelo contrário, é quando iniciam as obrigações do casal, especialmente em relação à educação dos filhos na Santa Religião. Conduzir toda a família nos preceitos da Igreja para, juntos, alcançar um dia a Pátria Celeste, afinal,  a prioridade de uma família cristã deve ser a salvação da alma.  Estabelecendo-se essa meta, o resto é detalhe, as necessidades temporais são equacionadas pela graça, em alusão às palavras do Senhor: “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e o resto vos será dado por acréscimo”.

Santa Margarida, embora rainha, tomou a si  a a tarefa de santamente ensinar os filhos na doutrina cristã e fazendo-os observar nos mandamentos das leis de Deus e da Igreja. Além disso, ensinava aos ricos e altamente colocados como devem passar  o tempo e de que maneira devem tratar os pobres. Aos cônjuges,  ensinava o devido respeito à Igreja, o zêlo necessário para ouvir a Palavra  de Deus, observar as leis do jejum e da abstinência. Sem  os princípios da religião de Cristo,  não é possível nenhum matrimônio subsistir.

Fonte: www.paginaoriente.com

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Author: CCD

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